Governo do Amazonas volta a fechar bares, restaurantes e balneários em Manaus para conter o avanço da Covid-19

 


(Do: G1 ) 

O Governo do Amazonas voltou a decretar o fechamento de bares e balneários em Manaus. A medida foi anunciada nesta quinta-feira (24) e ocorre, segundo o governador Wilson Lima, após aumento no número de internações em unidades de saúde particulares. As restrições devem durar 30 dias. 

Manaus tem 48.389 pessoas infectadas pelo novo coronavírus desde o início da pandemia e começou a flexibilizar o isolamento social em junho. As aulas presenciais nas escolas públicas estão mantidas.


De acordo com governo, há uma tendência de aumento de casos de Covid-19, observada nas últimas semanas devido, principalmente, a aglomerações, conforme monitoramento da vigilância epidemiológica.


O estado do Amazonas contabilizou 9 mortes por dia na última semana -- a variação foi de 39% em relação à média de 14 dias anteriores.


"Estamos tomando hoje medida restritivas e fechamento de estabelecimentos pra priorizar o que é importante. Não vou deixar balada aberta e escola fechada", disse o governador em entrevista coletiva nesta quinta-feira.


A medida, que ainda será publicada no Diário Oficial do Estado, vai suspender funcionamento de bares que não tenham funcionamento primário como restaurantes. Lojas de conveniência e restaurantes poderão funcionar até as 22h.


Também ficam suspensos os funcionamentos de:


praias,
balneários
casas de show
flutuantes 


Bares, balneários e restaurantes de Manaus já estavam reabertos ao público desde de junho, quando teve início o 4º ciclo de reabertura do comércio.


Aumento de casos


No dia 11, o governo havia divulgado uma desaceleração na queda de casos. A diretora-presidente da Fundação de Vigilância e Saúde (FVS-AM), Rosemary Pinto, afirmou que as aglomerações são os principais vetores de transmissão identificados pelo órgão nas últimas semanas.


De acordo com ela, na ocasião, he "um pequeno crescimento no número de casos atendidos em unidades privadas de saúde, principalmente em pessoas das classes A e B".


Até esta quarta-feira (24), o número de pacientes internados com Covid-19 era de 298, sendo 199 em leitos clínicos (82 na rede privada e 117 na rede pública), 96 em UTI (45 na rede privada e 51 na rede pública) e três em sala vermelha, estrutura voltada à assistência temporária para estabilização de pacientes críticos.


A taxa de ocupação na rede privada é de 65,17% em leitos de UTI e 64,74% em leitos clínicos. Já na rede pública, a ocupação de leitos UTI chega 72 % e 40,36% em leitos clínicos.


Conforme os dados do Governo, os casos da Covid-19 na capital apresentam queda desde a 13º semana epidemiológica, quando nesse intervalo de tempo foram contabilizados 7516 casos. Ainda conforme o boletim, houve alta na 17º semana, com o total de 7788 casos e tendência de alta a partir da 27ª semana, com 3841 casos confirmados.


Covid-19 no Amazonas


O governo do estado informou, por meio de nota, que os dados apontam uma alta na média móvel de internações pela doença após meses de queda, mas descartou que o estado esteja vivendo uma segunda onda da doença.


A primeira onda ocorreu durante os meses de abril e maio, quando o sistema público de saúde entrou em colapso, com quase 100% de ocupação. A capital amazonense acabou sofrendo colapso, também, no sistema funerário e o número de mortes ficou 108% acima da média histórica.


Os dois hospitais abertos emergencialmente em Manaus para atender apenas casos de Covid-19 já foram fechados. No dia 23 de junho, a Prefeitura anunciou o fechamento do hospital de campanha e, no dia 16 de julho, o governo fechou o Hospital de Combate à Covid-19, Hospital Nilton Lins.

A Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) informou que o Hospital Delphina Aziz, que seria aberto para outras enfermidades, permanecerá sendo a unidade referência para o tratamento de Covid-19.

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