Lula bate em Bolsonaro no Amazonas para a Presidência da República em 2022, segundo pesquisa da Perspectiva

Lula bate em Bolsonaro no Amazonas para a Presidência da  República em 2022, segundo pesquisa da Perspectiva 


Matéria extraída na íntegra  do BNC Amazonas 


O eleitor do Amazonas se manifestou na primeira pesquisa para a corrida eleitoral de 2022, para a Presidência da República. Nesta quarta (24), a empresa Perspectiva, do empresário Durango Duarte, divulgou estudo realizado no estado.

Conforme o pesquisador, recente decisão de ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) de anular as condenações do ex-presidente Lula da Silva (PT) na operação Lava Jato agitou o meio político-eleitoral do Brasil às vésperas da eleição presidencial de 2022.

Dessa forma, a exemplo de outros institutos de pesquisa, a Perspectiva saiu a captar o novo sentimento do eleitor. E os resultados estão mostrando inegavelmente que a presença do petista já criou um novo clima.

Entre os dias 16 e 23, eleitores da capital Manaus e dos oito principais colégios eleitorais do interior do estado disseram qual o presidente da República que querem a partir de 2023. As cidades são Manacapuru, Itacoatiara, Parintins, Tefé, Coari, Maués, Tabatinga e Humaitá.

Além disso, o estudo simula sete possíveis cenários de segundo turno e avalia a gestão do atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido). 


Confronto principal

Conforme a primeira pesquisa do ano, Lula larga na frente em lista com dez possíveis candidatos. Recebeu 38,3% das intenções de voto, contra 27,8% de Bolsonaro.

Portanto, o petista registra de largada uma diferença de 10,5% na pergunta estimulada. Nessa modalidade, os nomes dos concorrentes são informados ao eleitor.

Em Manaus, a vantagem de Lula é de dois pontos percentuais (30 a 28%). Contudo, no interior, ela se amplia para 23 pontos: 50 a 27%.

O segundo bloco de candidatos é bem distanciado de Lula e Bolsonaro. O primeiro deles é o ex-juiz Sérgio Moro, com 7,6%. Depois vêm o ex-governador Ciro Gomes, com 5,3%, e o apresentador de TV Luciano Huck, 4,6%. 

O governador de São Paulo, João Dória (PSDB) é sexto, com 2,8%. Depois João Amoedo (Novo), Guilherme Boulos, Álvaro Dias e o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), todos até 1%.



Potencial de voto

A pesquisa também levantou quem seria o segundo candidato como opção para presidente, principalmente se o nome preferido não disputasse a eleição.

E a soma das duas opções revelou o potencial de votos, ou seja, a elasticidade máxima de voto de cada presidenciável, segundo a Perspectiva.

O resultado aponta liderança de Lula folgada sobre Bolsonaro, de 12% de diferença, com 44,4% contra 32,4%. Moro atingiu 26,2% de potencial; Ciro, 16,6%, e Huck, 15,3%.

Como segunda opção, o líder é Moro, com 18,6%, Ciro, Huck e Dória na sequência.

Um detalhe

Segundo a Perspectiva, o eleitorado de Bolsonaro é composto mais por homens (32%). As mulheres são 24%. Já para a Lula, essa tendência se inverte: 39% de mulheres, 37% de homens. 




E os rejeitados?

Bolsonaro, no olho do furacão com a crise da epidemia do coronavírus (covid) no país, é o mais rejeitado, com 39,2%. 

Lula, mesmo vivendo o frisson das recentes vitórias nos tribunais, ostenta a segunda opção de rejeição com 32,2%.

Igualmente personagem do noticiário recente, Moro é só o quarto em rejeição, 16,8%. O terceiro é Huck, que nunca exerceu função pública.

Disputa em segundo turno

Conforme as perspectivas políticas neste momento, é provável que o futuro presidente do país seja conhecido em segundo turno.

Por isso, a pesquisa apresenta um amplo espectro de possibilidades, com sete simulações de confronto.

Em resumo, Bolsonaro só venceria a eleição se a disputa fosse com Dória. Perderia para Lula, Moro, Ciro. Para o petista, a derrota seria com a maior diferença, de 13%.



Confira a síntese da Perspectiva

Se Jair Bolsonaro enfrentasse Ciro Gomes, haveria um empate técnico, com uma vantagem de 3,3% para o ex-governador do Ceará: 39,7% a 36,4%. 

Caso fosse Lula a enfrentar Ciro, o petista o venceria por 47,3% a 25,4%, uma diferença de 21,9%. 

Se a disputa fosse Bolsonaro versus João Dória, o atual presidente derrotaria o governador de São Paulo por 38,3% a 32,9%. 

Em um possível embate Lula versus Bolsonaro, Jair perderia por uma diferença de 13,0% (47,1% contra 34,1%). 

Um 2º Turno com Bolsonaro e Sérgio Moro resultaria em um empate técnico, com uma leve vantagem para o ex-ministro da justiça: 35,2% a 34,2%. 

Lula venceria o tucano João Dória por uma enorme vantagem de 48,6% contra 19,3%. 

E se o ex-presidente concorresse com Sérgio Moro, nova vitória petista: 46,7% a 32,6%. 

Ou seja, os cenários mostram um franco favoritismo para Lula, ao passo que Bolsonaro somente ganharia de João Dória. 


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